Nova Zelândia, anos 80-90, terra de um dos selos independentes mais importantes que se tem noticia na música pop, Flying Nun Records, com uma discreta e bela história no Rock mundial, comparável a outros selos como Postcards, Creation e Sarah Records.
Contando no seu cast com grupos como the Chills, The Verlaines, the Bats, The Clean, Chris Knox, David Kilgour, entre outras pérolas, a Flying Nun nos apresentou toda a essência pop de músicos que mesmo com os problemas geográficos, a distância dos grandes centros e suas raízes ensolaradas, destilavam um verdadeiro caleidoscópio sonoro que ora passavam pelo pop de instrumental perfeito, as vezes remetendo aos grupos australianos como Go-Betweens, Triffids e The Church, devido a proximidade com esse continente, ora com experimentações sônicas com grupos como Dead C, Alaistair Gailbraith, Peter Jefferies entre outros, demonstrando toda a diversidade musical e expondo suas referências e compromissos com a vanguarda musical, com o novo, algo natural nesse lugar e naquela época.
A boa noticia é que todo o catálogo da Flying nun está sendo relançado, algo em torno de 150 álbuns. Justiça seja feita.
O Ruby Suns, com seu segundo álbum "Sea lion", chega para representar a nova safra de bandas da Nova Zelândia, utilizando de forma responsável as suas referências de um certo folk polinésio com Beach Boys, percebido nas harmonias vocais e ensolaradas, na multi utilização de ritmos eletrônicos, fazendo uma junção com os fantasmas de seu mentor, o músico Ryan McPhun, 25 anos, que vestiu a sua bermuda florida e tornou-se o organizador e responsável por essa obra, com referências externas, mas sem esquecer as suas raízes.
Ouça algumas coisas do selo Flying Nun, sim, é obrigatório, mas não esqueçam que algo de novo surge no horizonte, Ryan McPhun e seu Ruby Suns nos fazem lembrar que há um coração que ainda pulsa forte naquelas terras tão distantes.
Contato: www.myspace.com/therubysuns
2 comentários:
hum, disco novo do Ruby Suns.
gostei bastante do anterior.
veremos esse agora...
Bom saber que tem mais gente aqui no Brasil que gosta dos caras. Tive a chance de ver ao vivo em Auckland. Vamos trazer os caras pro Brasil?
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