sábado, 9 de novembro de 2019

PETER IVERS becoming Peter Ivers (2019)

              

            É fácil se perder na história, ver suas realizações simplesmente desaparecerem, isso aconteceu com Peter Ivers (1946-1983). Em meados dos anos 80 ou você estava assistindo o seriado Dallas ou estava sintonizado no programa New Wave Theater (USA Network) mostrando bandas polêmicas como Fear, Suburban Laws ou os Dead Kennedys a quem o anfitrião Peter Ivers sempre perguntava: Qual o sentido da vida? 
             Artista performático, personagem intrigante, formado em Harvard, um musico cult (tocava como ninguém harmônica), amigo de John Belushi, Chevy Chase, Van Dyke Parks, gravou quatro álbuns e escreveu a canção original “In Heaven” com David Linch da trilha sonora original  do filme Eraserhead (1977), em 1974 lançou o Álbum “Terminal Love” apadrinhado junto a Warner por Randy Newman, um fracasso completo, o álbum era muito soft e estranho para o som que estava rolando na época, mais hard e californiano. Nem mesmo abrir shows para o New York Dolls deu visibilidade ao seu trabalho. Produziu o único álbum do grupo Circus Mort, um quinteto pós-punk, que mais tarde se transformou no Swans de Michael Gira.
              Estava em seu melhor momento na TV a cabo com o New Wave Theater em março de 1983 quando foi encontrado morto a marteladas em seu apartamento, a polícia nunca chegou a conclusão desse crime, sua namorada, a produtora de cinema Lucy Fischer chegou a contratar um investigador particular que não chegou a conclusão alguma, o caso foi encerrado e figura na lista de mais um dos assassinatos sem solução na cidade de Los Angeles.
              Agora saiu “Becoming Peter Ivers”, um resgate entre centenas de gravações do final dos anos 70 e cassetes perdidos em suas gavetas, incluindo a sua versão para “In Heaven” do filme Eraserhead, um resgate e memória de sua arte pois sua vida foi breve e sua morte ainda é um eterno mistério.

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